EU SOU O CAMINHO

Farás também o altar de madeira de acácia, de cinco côvados será o comprimento, de cinco côvados a largura, e de três côvados a altura. Farás as suas pontas nos seus quatro cantos; as suas pontas formarão uma só peça, e o cobrirás de bronze. (Ex 27:1-2).
Material: Madeira de Acácia revestida de bronze. Com 4 pontas que formam uma só peça. Uma grelha como se fosse uma rede presa por 4 argolas.
Era comum os altares antigos serem quadrados, isso é verdade quando lemos 2Cr 4:1, pelas dimensões que mostram comprimento e largura iguais.
O altar era a maior mobília do santuário. Usada para a adoração, sempre estava aberto aos israelitas. Para cristãos, o altar está cheio de significado e ensino espiritual, pois há muita história sobre altares na Bíblia. A acácia é uma madeira dura, incorruptível, indestrutível que cresce no Deserto de Sinai. Retrata a humanidade de Cristo de que veio formosamente e era sem pecado na sua natureza humana (Hb 4:15; 7:26). A indestrutibilidade da madeira fala que Cristo resistiu o fogo da crucificação (Jo 10:18).
Os metais que cobrem a madeira tipificaram a retidão divina e julgamento de Cristo, o íntegro (1Jo 3:5), que levou o julgamento divino de Deus e se tornou pecado por nós (2Co 5:21).
Como os Israelitas foram salvos da morte quando olharam para a serpente de metal, assim, todos que confiam em Jesus Cristo serão salvos (Jo 3:14-15). O aparecimento de Cristo à João na Ilha de Patmos com "pés como bronze" (Ap 1:15) fala-nos do caráter judicial sobre àqueles que não o aceitam como sacrifício substituto.
O altar de bronze foi posto para sacrifício. Sem sacrifício, não poderia haver nenhuma compensação para o pecado (Lv 17:11; Hb 9:22). Sobriamente, os Israelitas trouxeram os oferecimentos prescritos sem defeito.
O seu sacrifício queimado no altar como um doce aroma para Deus (Lv 1:9) tipificou Cristo quando foi oferecido "um sacrifício a Deus como aroma suave".
A localização deste altar fala-nos que antes de se passar ao templo, teria que se oferecer um sacrifício de sangue no altar de bronze. Hoje, ser recebido por Deus só pode se dar passando pela morte sacrificatória de Cristo (1Tm 2:5; Hb 9:15).
Chegar ao tabernáculo sem oferecer um sacrifício no altar significava morte certa. Se nós rejeitarmos o sacrifício meritório do trabalho de Cristo na cruz, nós seremos separados de Deus e o resultado será o mesmo, a morte eterna (Jo 3:36; 1Jo 5:12).
O altar de sacrifícios é o lugar de morte, é a primeira coisa que se via ao entrar no santuário, é o primeiro encontro do ser humano com o plano da redenção, o lugar onde deve-se morrer.
Símbolo dos pés da cruz, que é o local onde devemos deixar tudo. "Se alguém quiser vir após mim, tome sua cruz e siga-me" Mt 16:24.
É neste altar que Deus trata com os "Isaques da vida". Você já pensou porque o Senhor pediu o filho a Abraão? Porque o filho ocuparia um lugar que só a Deus pertencia, Isaque começaria a entrar no coração de Abraão e até mesmo "Isaques" não podem ocupar este espaço, o nosso coração diz Deus, deve ser só meu. Portanto se algo tende a ocupar este espaço o Senhor diz em Mt 10:37 "...quem ama seu filho mais que a mim, não é digno de mim.
O altar de sacrifícios era elevado em um montículo de terra, mais alto que outras mobílias, esta é uma projeção de Cristo, nosso sacrifício erguido para cima na cruz, num local mais alto, o Gólgota, "... importa que o filho do homem seja levantado" Jo 3:14.
Havia chifres neste altar, chifres eram um símbolo de força e poder em tempos bíblicos. O sacerdote ao tocar de leve nas pontas do altar mostra o poder do sangue para reconciliar o pecador.
Há poder regenerador no sangue de Jesus Cristo. Representa o calvário, onde Cristo deu sua vida em sacrifício contínuo. As ofertas que eram feitas diariamente, pela manhã e pela tarde, são símbolos de Jesus, que está a disposição 24h por dia, queiramos nós ou não.
Estes sacrifícios eram feitos em fogo lento para que durassem até a tarde, hora nona (15h) quando o outro chegava. O sacrifício da manhã expiava os pecados da noite e os da noite os pecados da manhã. A oferta era cortada em pedaços pois simbolizava o que está escrito em Is 53 "...foi moído por nossas iniqüidades". É o primeiro estágio da vida do cristão, a justificação, o momento em que chega aos pés da cruz.
O altar de holocausto, com seu sangue derramado, representa a grande verdade evangélica da expiação do pecado por meio do sacrifício de Cristo (Is 53:4-7,10, Hb 13:10-12; 1 Pd 1:18,19; Ap 5:9).
A posição deste altar, junto à porta do átrio, numa posição onde seria a primeira coisa que o pecador veria ao entrar ali, indica que a primeira necessidade do pecador é que seus pecados sejam lavados pelo sangue de Cristo (Hb. 9:13,14; 1 Jo 1:7; Ap 7:14), e que até que se faça isso, não deve nem sequer adorar a Deus, nem mesmo entrar em sua presença (Hb 9:22). (Importantíssimo!!!!)
O altar era uma testemunha da culpa do homem e de sua necessidade de expiação e reconciliação; logo lhe assegurava que isto já era possível (Jo 1:29; Rm 5:10; 2 Cr. 5:18, 19).
Existe um fato interessante, assim como os cordeiros da Páscoa eram comidos e depois sacrificados, alguns dos cordeiros mortos também foram comidos.
Não foi nenhuma coincidência que na noite antes da Páscoa quando Jesus foi crucificado, Ele "tomou o pão, deu graças e disse: comam, este é o meu corpo" Mt 26:26, mais tarde ele morria pela raça humana. O próprio Jesus é o cordeiro de Deus e o cordeiro da páscoa.
Tipos de ofertas que eram oferecidas:
Cordeiro Macho (Ex 12:5); Novilho (Nm 8:8); Ovelha (Lv 5:6); Pombinha ou rolinha (Lv 12:6); Cabrito (Ex 12:5); Boi (Lv 4:10); Cabra (Lv 4:27-35); Bode (Nm 29:5); Aves (Lv 14:1-32); Novilha Ruiva (Nm 19); Novilha que nunca trabalhou (Dt 21:1-9); Cordeiro (Lv 14:10); Bezerro (Nm 29:8); Cordeira (Lv 14:10).

As ofertas eram:

Ofertas queimadas: Ao Israelita querer demonstrar sua consagração. O animal era queimado por completo, tirando apenas o couro. Lv 1

Ofertas pacíficas:
Ofertas voluntárias, ação de graças, votos. Queimava a gordura no altar, o peito e a coxa direita ficavam para o sacerdote, depois havia um banquete com o resto da carne para demonstrar alegria. Lv 3

Ofertas pelo pecado e pela culpa:
Em busca de perdão, aqueles pecados que aconteciam de forma "ignorante". Não havia nenhuma oferta para os que pecavam voluntariamente, devia-se restituir aquele a quem foi a vítima, então a oferta pela culpa esta ali demonstrando que a situação tinha sido resolvida. Era considerado pecador atrevido aquele que afrontasse diretamente a Deus, pecando conscientemente, é eliminado do meio do povo. Lv 4-6
Quando a oferta tinha como motivo pecado e culpa, sendo o transgressor o próprio sacerdote e toda a congregação, levava-se o sangue para dentro do santuário, para aspersão 7 vezes diante da cortina do véu, então a carcaça do animal era queimada fora do acampamento, mas a gordura ficava no altar de sacrifícios.
Quando quem pecava eram os príncipes/chefes ou pessoas comuns, o sangue não entrava no santuário, era posto apenas nas pontas dos chifres e na base do altar de sacrifícios.
A oferta era comida pelo sacerdote apenas quando o sangue não entrava no santuário e não era oferta pelo pecado. Mas lembre-se, o fato do sacerdote está comendo a carne, transmite-se simbolicamente as responsabilidades dos pecados para o sacerdote.
Ofertas de manjares: Aquelas que demonstravam muita gratidão por Deus, pelas bênçãos, pela fartura, pela saúde etc. Lv 2
Utensílios: Recipientes, pás, bacias, garfos e braseiros, tudo de bronze.
Continua....

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